Atos 4:12
“E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.”
INTRODUÇÃO
A declaração de Pedro diante do Sinédrio continua ecoando através dos séculos: não existe outro caminho, nome ou poder que possa salvar o ser humano, exceto Jesus Cristo. Os homens criaram personagens e tentaram de alguma forma endeusá-los na tentativa de substituir aquele que tem a prerrogativa da salvação, conquistada com grande sofrimento, morte e ressurreição, mas foi tudo em vão, pois somente o Senhor Jesus Cristo salva.
Dwight L. Moody (1837–1899) “O mundo oferece centenas de caminhos, mas todos terminam no vazio. Apenas um caminho conduz à vida eterna — o caminho marcado pelas pegadas de Cristo.” Estas palavras ditas por Dwight L Moody, expressam de maneira muito clara o que nós cremos, pois para o povo fé em ação só existe um caminho que conduz aos céus e este é o Senhor Jesus Cristo.
O QUE ACONTECEU ANTES DESSA DECLARAÇÃO DE PEDRO
Quando Pedro fez essa grande declaração, ele estava na prisão, e no dia seguinte perante as autoridades ele foi interrogado a respeito do milagre que foi operado em nome de Jesus Cristo pelos apóstolos.
(Atos 4:1-11).
¹ E, estando eles falando ao povo, sobrevieram os sacerdotes, e o capitão do templo, e os saduceus,
² Doendo-se muito de que ensinassem o povo, e anunciassem em Jesus a ressurreição dentre os mortos.
³ E lançaram mão deles, e os colocaram na prisão até ao dia seguinte, pois já era tarde.
⁴ Muitos, porém, dos que ouviram a palavra creram, e chegou o número desses homens a quase cinco mil.
⁵ E aconteceu, no dia seguinte, reunirem-se em Jerusalém os seus principais, os anciãos, os escribas,
⁶ E Anás, o sumo sacerdote, e Caifás, e João, e Alexandre, e todos quantos havia da linhagem do sumo sacerdote.
⁷ E, pondo-os no meio, perguntaram: Com que poder ou em nome de quem fizestes isto?
⁸ Então Pedro, cheio do Espírito Santo, lhes disse: Principais do povo, e vós, anciãos de Israel,
⁹ Visto que hoje somos interrogados acerca do benefício feito a um homem enfermo, e do modo como foi curado,
¹⁰ Seja conhecido de vós todos, e de todo o povo de Israel, que em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, aquele a quem vós crucificastes e a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, em nome desse é que este está são diante de vós.
¹¹ Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores, a qual foi posta por cabeça de esquina.
O PRIMEIRO TESTEMUNHO DOS APÓSTOLOS
Esse foi o primeiro grande testemunho dado pelos apóstolos, pois o Senhor havia dito que os seus discípulos seriam levados à presença de autoridades para testemunhar dele. E sereis até conduzidos à presença dos governadores, e dos reis, por causa de mim, para lhes servir de testemunho a eles, e aos gentios. (Mateus 10:18).
Pedro e João estavam presos pelo motivo de anunciarem que o Senhor Jesus Cristo cura, liberta e salva e que o nome dele está acima de todo nome. Quanto ao milagre, eles declararam que foi o nome de Jesus quem operou, pois o poder pertence unicamente a ele.
AS PROFECIAS SOBRE JESUS CRISTO COMO ÚNICO NOME QUE SALVA
1. O Salvador que nasceu de uma mulher, o Verbo que se encarnou
Para vir a este mundo, Ele precisava nascer como nós e viver também como vivemos, isso Ele fez e assim se cumpriram as profecias a respeito do nascimento dele de uma virgem. Vamos conhecer a profecia e o cumprimento em Cristo, nosso Salvador.
Profecia: “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel.”
— Isaías 7:14 Cumprimento em Jesus: Mateus 1:22–23 — Maria concebe por obra do Espírito Santo. Mostra que a salvação viria de forma sobrenatural e única. O nascimento virginal é uma marca exclusiva do Messias prometido. Não se trata apenas de um detalhe curioso, mas de um sinal que aponta para a origem divina do Salvador. A concepção miraculosa mostra que a salvação não viria pela força humana, pela herança genética ou esforço religioso do homem, mas diretamente pela intervenção sobrenatural de Deus. Além disso, essa profecia foi feita cerca de 700 anos antes do nascimento de Jesus, e seu cumprimento literal demonstra a soberania de Deus sobre a história. O nome “Emanuel”, Deus conosco, declara que o Messias não seria um homem comum, mas o próprio Deus entrando no mundo para habitar entre nós. Essa foi a maior bênção, pois Deus nos amou e enviou o seu filho para ser o nosso Salvador, Jesus, o único nome que salva.
2. O Salvador nasceu em uma cidade chamada Belém
Ele não apareceu de repente, assim ficaria difícil de entender. Mas, graças a Deus, o nome da cidade em que o Senhor Jesus nasceria foi dito, há muitos séculos antes do seu nascimento, vamos conferir com a Palavra de Deus a profecia e o cumprimento.
Profecia: “E tu, Belém Efrata… de ti sairá o que será Senhor em Israel.” — Miqueias 5:2. Cumprimento: Mateus 2:1 – Jesus nasceu exatamente em Belém. Nenhum outro líder religioso da história cumpre essa profecia.
A escolha de Belém não foi acidental. Era a cidade de Davi, e Deus havia prometido que o Messias viria da linhagem davídica. Mesmo José e Maria vivendo em Nazaré, um decreto romano obrigou o casal a viajar justamente para Belém, cumprindo a profecia com perfeição. Isso mostra que Deus dirige até decisões políticas de impérios para cumprir Sua Palavra. Nenhum fundador de grandes religiões — Buda, Maomé, Confúcio — possui uma profecia tão específica sobre o lugar do seu nascimento, e muito menos cumpre essa profecia com precisão histórica. Tudo feito com detalhes, o Salvador chegou, nasceu em uma cidade chamada Belém.
3. O Salvador, que é homem e Deus, verdadeiro Deus e verdadeiro homem.
Se Ele fosse só homem não podia ser o Salvador e se fosse somente Deus não poderia nos substituir, assim aprouve a Deus que Ele viesse ao mundo verdadeiro Deus e verdadeiro homem. As profecias são claras e mostram sua humanidade e sua divindade, vamos verificar o que diz a Palavra de Deus.
Profecia: “Porque um menino nos nasceu… e o seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.” — Isaías 9:6. Cumprimento: João 1:1,14 — O Verbo era Deus e se fez carne. Ele não seria apenas um profeta — seria o próprio Deus encarnado.
Essa profecia apresenta um paradoxo poderoso: o Prometido seria um menino humano, mas com títulos exclusivamente divinos. Isso revela a doutrina da encarnação séculos antes de Cristo vir. O Messias não seria apenas um mestre moral ou um profeta inspirado; Ele seria o próprio Deus que se fez homem para salvar a humanidade. Em Jesus vemos a perfeita união da natureza humana e divina. Ele é suficientemente humano para representar os homens e suficientemente divino para oferecer uma salvação eterna e eficaz. Nenhuma outra figura da história reúne essas características profetizadas. Como homem sentiu fome, cansaço, tristeza, alegria, e como Deus andou sobre as águas, repartiu os pães, curou os enfermos, acalmou o mar, ressuscitou mortos e fez muitas maravilhas.
4. O Servo Sofredor que morreu para salvar o povo
A substituição que nos trouxe a justificação de nossos pecados veio mediante o sofrimento do Cordeiro de Deus em nosso lugar, tudo o que Ele padeceu foi para nos salvar, por isso não há outro nome que possa salvar, somente aquele que expiou nossos pecados pode nos dar a salvação, a Palavra de Deus nos fala com detalhes das profecias e do cumprimento delas em Cristo nosso Salvador.
Profecia: “Ele foi ferido pelas nossas transgressões… e o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele.” — Isaías 53 (todo capítulo) Cumprimento: 1 Pedro 2:24 — “Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados.” Isaías 53 descreve exatamente a obra de Cristo na cruz. Isaías 53 é tão detalhado que muitos chamam esse capítulo de “Evangelho do Antigo Testamento”. Ali vemos a obra redentora descrita séculos antes da cruz: rejeição, silêncio diante dos acusadores, sofrimento vicário, morte substitutiva e até o sepultamento em túmulo de rico. O propósito da morte do Messias não seria político, mas expiatório — Ele morreria no lugar do pecador. O cumprimento em Jesus é exato: Ele sofre, é crucificado, morre inocente e voluntariamente para reconciliar o homem com Deus. Nenhum outro texto sagrado do mundo religioso prediz com tanta precisão a morte de seu principal líder. O Senhor Jesus Cristo falou sobre o seu sofrimento, os evangelistas também falaram, assim se cumpriu nele o que os profetas profetizaram.
5. Jesus fez o sacrifício completo para nos salvar
O sacrifício foi completo, não cabe nenhum arranjo, Ele cumpriu fielmente tudo o que a Palavra de Deus diz sobre seu sofrimento, quando Ele se sacrificou em nosso lugar. Vamos analisar as profecias com muito cuidado e entenderemos o sacrifício de Cristo por nós.
Profecia: “Traspassaram-me as mãos e os pés.” — Salmo 22:16 Cumprimento: João 20:25–27 — As marcas dos cravos após a ressurreição. O Salmo 22 descreve a crucificação séculos antes de ela existir como método de execução. O Salmo 22 descreve uma cena que corresponde perfeitamente à crucificação — porém foi escrito cerca de mil anos antes de Cristo, e numa época em que esse método de execução ainda nem existia em Israel. A profecia também menciona zombarias, sede, ossos expostos e o sorteio das vestes — todos fatos narrados nos Evangelhos. A perfuração das mãos e dos pés aponta diretamente para a cruz. Esse salmo é uma prova impressionante da inspiração divina da Escritura e da identidade messiânica de Jesus. Ele voltará um dia e verá o fruto do seu penoso trabalho, o sacrifício suficiente para nos salvar. Foi um único sacrifício, mas foi completo e suficiente para nos salvar, pois somente o nome de Jesus Cristo salva.
6. Jesus venceu a morte para nos salvar
A morte era o único inimigo a ser vencido e isso Ele fez por nós, assim louvamos a vitória de Cristo quando venceu a morte em nosso lugar. Vamos examinar as profecias sobre sua vitória contra a morte. Profecias: Salmo 16:10 — “Não deixarás a minha alma no inferno, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção.” Jonas 1:17 — Sinal da ressurreição ao terceiro dia. Cumprimento: Mateus 28 — Jesus ressuscita ao terceiro dia. A ressurreição garante que Ele é o único Salvador vivo. A ressurreição não é um acréscimo tardio ao cristianismo, mas algo profetizado séculos antes. O Salmo 16 afirma que o Messias não ficaria no túmulo tempo suficiente para entrar em decomposição. Jonas, no ventre do peixe, simboliza o Messias descendo à morte e surgindo novamente. A ressurreição de Jesus é o grande selo divino sobre Sua obra: prova que o sacrifício foi aceito, que Ele venceu a morte e que Sua identidade divina é verdadeira. Nenhuma outra figura religiosa ressuscitou de forma histórica, pública e confirmada por testemunhas. Se você for em Jerusalém, vai encontrar o túmulo vazio, pois Ele não está lá, já venceu a morte. Se todavia vocês forem aos túmulos de líderes religiosos certamente encontrarão o túmulo deles com os restos mortais, pois somente um venceu a morte, e o seu nome é Jesus Cristo. O único nome que salva.
7. Jesus o único que salva a todos em todos os lugares
Ele veio para buscar e salvar o que se havia perdido. A salvação não foi oferecida a algumas pessoas, ele deixou disponível a salvação para todos em todos os lugares, a Palavra de Deus nos mostra que todos em todos os lugares poderão ser salvos. Vamos verificar as profecias.
Profecia: “Porei em Sião uma pedra… quem crer não será confundido.” — Isaías 28:16. “As nações virão à tua luz.” — Isaías 60:3. Cumprimento: Atos 13:47 — A salvação de Cristo chega aos gentios. Mostra que a salvação não seria somente para Israel, mas para todo o mundo — como só acontece em Jesus. O plano de Deus nunca foi salvar apenas Israel, mas alcançar todas as nações da terra. As profecias anunciam que o Messias seria uma “pedra” na qual todos os povos poderiam crer. Jesus, ao morrer e ressuscitar, envia Seus discípulos aos confins da terra. Hoje, o Evangelho alcança culturas, idiomas e povos que nada tinham em comum, exceto a necessidade de salvação. Essa expansão mundial é um fenômeno sem paralelo na história e cumpre exatamente o que Isaías anunciou: nações inteiras caminhando para a luz do Cristo. Jesus Cristo, luz do mundo, Deus que se fez carne para nos salvar, Salvador de todos, Deus bendito eternamente.
